Falar sobre a importância de aumentar as vendas, investir em marketing digital e como entender melhor o comportamento do consumidor é algo fundamental.
De fato, muitas marcas e empresas acabam investindo tempo e dinheiro em várias estratégias de marketing ao mesmo tempo, porém, sem compreender a fundo que um ponto essencial tem a ver com a persona da sua própria marca.
Portanto, com os perfis do seu cliente em potencial, tal como um negócio de consultoria administrativa e financeira, que obviamente precisa investir em linguagem de tipo B2B (Business to Business), que foca apenas na relação entre empresas.
Por outro lado, um negócio que lida com o cliente final vai precisar de uma linguagem informal, talvez até mesmo descolada, embora sem cair em excessos, para que o público não confunda a informalidade com falta de idoneidade.
Lembrando que a própria noção de persona do público é um conceito bem mais recente, que evoluiu do que antes se chamava de público-alvo.
O que já demonstra a necessidade de estarmos sempre em dia com esse assunto tão importante.
Se pegarmos o exemplo de uma gráfica que faz uma agenda personalizada com nome, vemos nisso uma tendência fundamental.
Trata-se da personalização ou customização de produtos, algo que vem revolucionando o mercado.
Realmente, vivemos uma época em que as novas gerações desejam personalizar tudo para si mesmas, sempre buscando novas experiências e maneiras marcantes de se relacionar com as marcas, o que também implica expectativas e exigências maiores.
Por essas e outras é que decidimos desenvolver esta análise mais detida, escrevendo este artigo com foco nas 4 principais tendências do comportamento do consumidor, que já estão aí e que deverão se intensificar ainda mais no decorrer de 2022.
Sendo que essa abordagem passa por questões mais práticas, como exemplos concretos e dicas que qualquer um pode executar, mas também por subsídios mais técnicos, em termos de conceitos e características fundamentais para uma melhor compreensão.
Inclusive, falando em exemplos concretos, um ponto fundamental deste tema é que hoje essas tendências já não têm fronteiras, podendo estar presentes tanto no cliente de uma loja de roupas quanto no consumidor de soluções como gestão patrimonial.
Desta maneira, se o interesse maior e mais urgente do leitor é compreender a fundo como o comportamento do consumidor tem se alterado nos últimos anos, com isso tornando suas estratégias comerciais mais assertivas, basta seguir adiante na leitura.
Por que preocupar-se?
Antes de tudo, é preciso entender do que exatamente se tratam os comportamentos do consumidor, bem como por que motivos é importante preocupar-se com isso.
Na prática, só há dois tipos de empresas, aquelas que se preocupam em entender como o seu cliente ideal pensa, para impactá-lo por meio de estratégias cada vez melhores, e aquelas que simplesmente ficam paradas, esperando o comprador aparecer sozinho.
Nem é preciso dizer que nisso reside um dos maiores fatores da real diferença entre uma marca que cresce sem limites, tornando-se uma líder de mercado, e aquela que permanece sempre a mesma, não raro em risco de fechar as portas.
Afinal, entender o comportamento do cliente é a principal barreira que uma empresa precisa transpor para poder quebrar as objeções mais comuns, atrair um público que tem sinergia com sua solução e conseguir o tão sonhado fortalecimento de marca.
Assim, um buffet completo para casamento consegue tornar-se referência absoluta em seu segmento, dominando a região que atende.
Se ele quiser crescer depois, virando uma rede estadual, nacional ou mesmo internacional, esse é o primeiro passo.
Um termo comum para essa conquista é o de top of mind, que consiste naquelas marcas que estão no “topo da mente”.
Isto é, que são as primeiras a ocorrerem na cabeça do cliente quando ele pensa em determinada solução, seja um produto ou serviço.
Quando pensamos em refrigerante, tênis ou computadores, certamente esse gatilho da top of mind logo entra em vigor, acusando as marcas mais conhecidas em cada uma dessas áreas.
Um ponto importante é entender que isso pode ocorrer no aspecto micro também, de maneira regionalizada, como no exemplo que demos de um buffet.
Seja como for, tudo isso depende eminentemente da marca conseguir desvendar as tendências mais gerais e mais específicas de seu público.
Daí a importância de se preocupar com este ponto, que alguns infelizmente ainda negligenciam.
1. O poder da digitalização
A digitalização já não é mais nenhuma novidade, porém, engana-se muito quem pensa que ela seja algo chapado ou um fenômeno em bloco, já que se trata de algo multifacetado e que vive mudando e evoluindo internamente.
Por exemplo, o marketing de conteúdo certamente continuará sendo uma tendência em 2022 e pelos próximos anos e décadas, até que algo passe a fazer mais sentido ou simplesmente traga uma melhor variação dele.
Em todo caso, se antes bastava ter um blog no ar, com conteúdos originais e gratuitos, hoje é preciso diversificar bastante esse portfólio, sem que deixe de ser marketing de conteúdo, porém de uma maneira totalmente revisitada.
Assim, se a empresa trabalha com algo como programa para gestão financeira, além de simplesmente escrever artigos, ela pode utilizar isso como base para toda uma campanha de reaproveitamento do mesmo conteúdo.
As variações mais ricas que podem ser aplicadas são:
- Áudio do artigo lido;
- E-books e infográficos;
- Vídeos explicativos;
- Webinários e lives;
- Imagens, slides e afins.
Sendo assim, o texto é apenas o começo de algo que pode assumir uma natureza mais completa, próxima do famoso marketing de 360º, que não se limita a apenas um veículo.
Inclusive, mesmo em termos de SEO (Search Engine Optimization, que é a Otimização de Páginas para Motores de Busca) isso importa.
Por exemplo, na hora de escolher a palavra-chave é preciso levar em conta o voice search, já que hoje a maioria dos compradores faz pesquisas e cotações apenas por esse comando de voz, sem parar para digitar o que desejam encontrar.
2. O que é a humanização?
Uma tendência fundamental e realmente complexa é a da humanização, até porque só se fala em tecnologia, automatização e até inteligência artificial para todo lado que se vai.
Contudo, isso não pode passar uma imagem de que o ser humano não está mais preocupado com interatividade e com uma pitada de sensibilidade nas coisas.
Pelo contrário, todo mundo gosta de ver um sorriso ou ver que despertou empatia em alguém.
Por isso mesmo, implementar tecnologias não significa deixar seu atendimento mais frio.
Um exemplo clássico são os chatbots, que são robôs que fazem o atendimento automático no site ou nas redes sociais.
Se a firma lida com controle de acesso, ela precisa configurar um robô de atendimento para que ele se torne o mais humanizado possível.
Embora dependa do segmento, alguns chegam a se esforçar para que esses recursos façam piadas.
Isso comprova que a humanização é uma tendência infalível para 2022 e os próximos anos, seja de modo direto entre os funcionários, ou por meio da tecnologia.
3. A sustentabilidade
Outro ponto fundamental é o da sustentabilidade, sobretudo no sentido de que muitas pessoas confundem esse conceito, achando que ele se limita à ecologia.
Essa frente também é importante, e chama-se marketing verde, ou seja, uma loja que vende cômoda para quarto de casal, precisa mostrar que só trabalha com fornecedores que usam madeira de demolição ou de reflorestamento, por exemplo.
Mas, também é preciso ter um negócio todo sustentável, o que implica economia de recursos como água e luz, além de otimização constante de processos.
Nesse sentido mais abrangente, até a satisfação dos colaboradores é uma pauta de sustentabilidade.
Sendo assim, eles precisam ter planos de carreira, acompanhamento do RH e muito mais, criando um círculo virtuoso de melhorias constantes.
4. Transgeracionalidade
Por fim, um vício muito comum do marketing digital tem sido o de falar nas famosas Gerações Y e Z, das pessoas nascidas de meados de 1980 e 2000 para cá, respectivamente.
Lembrando que esses recortes são importantes, especialmente para empresas que têm um produto nichado e que não se estende a outras idades, como soluções exclusivamente geriátricas e infantis.
Contudo, quem puder fazer campanhas e criar soluções transgeracionais vai acabar saindo na frente, pois cada vez mais há uma homogeneidade nessas fases da vida.
Afinal, tanto a criança quanto o idoso podem ter um celular nas mãos hoje em dia, portanto, se a loja vende quarto planejado, foque também em um mix que inclua os quartos de um bebê e de um idoso, não apenas o do casal ou de solteiro.
Considerações finais
Portanto, com isso chegamos ao fim da nossa investigação, mostrando que compreender o comportamento do consumidor é algo imprescindível.
Na prática, algumas tendências vão apenas se agravar, ao passo que outras são bem mais disruptivas. Com as 4 tendências aprofundadas acima, fica bem mais fácil e até mais seguro entender melhor este assunto.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.