Hoje em dia um empreendedor, gestor ou líder de equipes já não pode ignorar a importância do endomarketing.
De fato, a tendência universal das empresas e marcas é a de gerar experiências cada vez melhores para os seus clientes, na certeza de que se isso não for feito a concorrência certamente acabará com o seu negócio.
É nesse cenário que surge o termo “cliente interno”. Ou seja, não faz sentido e nem seria sustentável tentar fazer o público comprar um produto/solução, se as próprias pessoas envolvidas naquele processo corporativo desprezam a proposta.
Imagine uma pessoa que trabalha em uma empresa de telefonia, mas indica outra marca para todo mundo que conhece; ou uma que vende vestuário, porém jamais utiliza as roupas daquela marca fora do horário de trabalho.
Esse tipo de situação já serviu até de mote para a guerra publicitária, quando a segunda maior empresa de refrigerantes do mundo fotografou o motorista de um caminhão da principal concorrente bebendo o seu refrigerante ao volante.
Você deve estar se pergunta: mas será que há como evitar esse tipo de situação? Obviamente, situações como a descrita acima são incontroláveis. Porém, a verdade é que é possível, sim, não apenas mensurar a satisfação dos colaboradores de uma empresa, como aumentá-la e transformá-la em engajamento.
Neste artigo descreveremos como isso pode ser feito. E, o que é melhor, por meio de uma das ferramentas mais simples do universo da comunicação, que já está ao alcance de qualquer empresa ou líder de equipe: os e-mails.
Quais Setores Incluir Na Estratégia?
O primeiro ponto a destacar aqui é que o endomarketing não é importante apenas para as grandes indústrias ou empresas internacionais, mas para qualquer formato de negócio. Especialmente se o seu foco é o crescimento, ainda que você tenha começado pequeno.
Afinal, imagine se seu funcionário trabalha contigo na sua empresa de festas e eventos, e depois você descobre que ele contratou outra empresa para locação de tenda transparente casamento para a celebração da filha dele. Seria péssimo, com certeza.
A parte difícil de aceitar é que em 99% dos casos em que esse tipo de coisa ocorre a culpa é da empresa, e não dos funcionários ou colaboradores. Este, aliás, é o primeiro passo para o empresário ou gestor aceitar a realidade e importância desse tema.
O próximo passo é entender que união se faz por meio de união: ou seja, não é pensando sozinho na sua própria sala que o líder conseguirá ter boas ideias e soluções de como engajar a equipe, e como levar um time da situação de desânimo e desunião para a de motivação e harmonia que a empresa merece/precisa.
Isso é ainda mais urgente no caso de grandes indústrias. Uma fábrica que atue na frente de produtos complexos como um Secador de ar comprimido por refrigeração, por exemplo, precisa de um alinhamento que vai desde a diretoria e os engenheiros, até os trabalhadores braçais.
Por isso mesmo, alinhar toda a comunicação interna, indo desde o RH (Recursos Humanos), passando pelo DP (Departamento Pessoal) até o próprio Marketing é a primeira iniciativa acertada que um bom líder pode cometer.
O Papel Atual Das Tecnologias Digitais
Mais do que o bom e velho “Missão, Visão e Valores”, que hoje em dia qualquer site ostenta com muito orgulho, nós vivemos a época das culturas corporativas/organizacionais. Ou seja, a época em que é preciso ir muito além de teorias e palavras vazias.
Naturalmente, a comunicação interna das empresas sempre existiu. Porém, no início elas eram feitas de modo físico, por meio de murais, revistas, boletins ou mesmo caixas de sugestões. E raramente as empresas promoviam palestras, cursos e eventos.
Então, eram poucos os modos que os funcionários tinham de expressar qual a sensação deles a respeito da rotina, da liderança, da comunicação entre os setores, das políticas da empresa, etc.
Aliás, as companhias que contavam com esse tipo de recurso estavam adiantadas: algumas não tinham nem mesmo isso, e dependiam do feedback pessoal, mesmo sendo evidente que esse tipo de recurso costuma inibir a maioria das pessoas.
Uma clínica estética, por exemplo, que presta serviços como Abdominoplastia masculina, lipoaspiração, mastopexia e demais serviços afins, é um bom exemplo para ilustrar como várias questões de hierarquia podem tornar a comunicação complicada.
Certamente, em um ambiente assim, uma enfermeira poderia encontrar grande barreira em trazer à tona algum feedback negativo sobre o médico cirurgião, por exemplo. A notícia boa é que nas últimas décadas os recursos digitais evoluíram e muito, sobretudo no sentido de auxiliar as iniciativas de pesquisa organizacional.
Afinal de contas, é entre aqueles que vivem a rotina de trabalho, seja a de uma clínica que faz tratamento para flacidez na barriga ou a de uma indústria de compressores de ar, que está a matéria-prima do endomarketing.
As 4 Regras De Ouro De Uma Campanha Infalível
Como vimos, uma das principais vantagens do e-mail é, justamente, o sigilo que a mensagem pode ter. Hoje existem ferramentas que permitem aos colaboradores tratarem de detalhes do seu setor sem precisarem se identificar.
Para que esse objetivo se realize, no entanto, é preciso cumprir alguns requisitos e não deixar de praticar algumas dicas que são tão simples quanto essenciais.
As principais delas dizem respeito aos seguintes pontos:
- A linguagem do texto;
- O poder da interação;
- A quantidade de e-mails;
- Conteúdos responsivos, etc.
1) Abordando Questões Delicadas
Como todo mundo costuma checar e-mails diariamente, não há grandes motivos para esse tipo de comunicação ser difícil. Porém, a linguagem que será empregada na mensagem é o primeiro grande cuidado a ser tomado.
Não pense, porém, que isso tem a ver apenas com uma linguagem acessível, sem muitos termos técnicos ou perguntas complexas. É evidente que o RH não pode utilizar-se de termos nichados do seu setor, que outros departamentos não iriam entender.
O fato é que o texto precisa ser capaz de se mostrar relevante e gerar uma interação ao mesmo tempo descontraída e comprometida, sob risco de o colaborador ficar na dúvida das reais intenções do e-mail, e não responder às perguntas.
Se uma empresa de viação rodoviária que faz traslado para viracopos e demais aeroportos quiser saber sobre questões técnicas a respeito dos ônibus que circulam dia e noite, algumas das quais costumam envolver legislação vigente e assuntos federais, é bem possível que um motorista se sinta, a princípio, desconfortável em “falar”.
A linguagem empregada é o que o colocará em situação relaxada e positiva.
2) Como Interagir De Modo Assertivo
Além da própria linguagem empregada, é preciso que o RH saiba explorar a interação com os funcionários que forem selecionados para participar da rodada de pesquisa.
Por exemplo, se uma oficina trabalha com central multimídia android auto e demais artigos típicos, é bem provável que a maioria dos seus funcionários seja composta de jovens e adolescentes.
Ora, não é segredo para ninguém como essa geração é inteirada com assuntos de redes sociais e internet em geral. Portanto, um quiz mais dinâmico e que interaja com cada funcionário como se ele fosse único, certamente trará melhores resultados.
Mais do que falar da rotina de trabalho: é possível pedir a opinião deles em relação aos produtos/serviços e ter a certeza de que o que for dito naquele campo, por escrito, será de melhor qualidade que comentários feitos durante a correria do dia a dia.
3) Sobre o Fluxo Da Comunicação
Outro ponto importante é o fluxo de mensagens e de comunicação.
Não é raro ver empresas que vão de um extremo ao outro, e passam a disparar muitos questionários, quiz, desafios e até promoções para o funcionário que responder.
Tudo isso é válido, tal como as palestras motivacionais, os cursos de especialização, os eventos profissionais ou de férias, e tudo o mais que citamos acima. Tudo isso se inclui nas estratégias de endomarketing. O problema, porém, não está no formato ou no que está sendo prometido, mas justamente na quantidade de e-mails disparados.
Uma loja virtual que venda equipamentos e dispositivos tecnológicos, como notebooks, calculadoras científicas, contadora e classificadora de moedas entre outros, certamente enfrentaria desafios quanto à otimização de tempo.
Afinal, é comum esses setores serem amparados por departamentos de venda de tipo call center ativo, cujo ambiente não permite muitas dispersões sem trazer sérios riscos para o setor como um todo.
4) Questões Mais Técnicas
Finalmente, existem algumas questões técnicas e até de TI (Tecnologia da Informação) que o RH também precisa levar em conta, tal como a da responsividade das páginas.
Como é sabido, o termo “responsivo” remete ao layout das páginas digitais. Quando essa programação não está incluída na página, ela não abrirá corretamente em dispositivos móveis, como celulares e tablets.
Sendo que, evidentemente, hoje grande parte do público acessa sua caixa de e-mail por esses dispositivos. E isso ocorre tanto em setores de cultura tecnológica, tal como escritórios de marketing, publicidade e design virtual, quanto em áreas de serviços como a de Locação de gerador de energia.
Se isso não for levado em conta, pode ocorrer de o funcionário abrir o e-mail, não conseguir acessar o campo de pesquisa na hora, deixar para depois e então o material sumir na lista da caixa de entrada dele.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Se tiver algum dúvida sobre como automatizar o marketing digital da sua empresa, não hesite. Entre em contato comigo através do email augusto@agencia7.com.