Toda estratégia de marketing, mesmo com diferentes objetivos, tem por princípio aumentar a visibilidade da empresa, promover seu crescimento e conseguir clientes. Apesar disso, por vezes, há dificuldade em obter consumidores novos fora da bolha.
Você deve estar se perguntando o que é a chamada “bolha”. O conceito de bolha, quando se fala em redes sociais, diz respeito a um espaço pequeno composto por uma mesma categoria de pessoas no qual circula apenas uma certa opinião.
É comum que as pessoas pensem em como todos estão fazendo determinada coisa, e essa sensação é real, porque pode ser mesmo que grande parte das pessoas – dentro da bolha – esteja de fato realizando uma determinada ação.
Isso é comum, por exemplo, em um contexto de universidades e escolas, nos quais o círculo de amizades determina como serão os interesses e ações.
Assim, ao visualizar o banner acadêmico de um evento, um indivíduo já imagina que todos de seu grupo estarão presentes.
Nesse texto, explicaremos o que é a bolha, quais suas vantagens e desvantagens em relação ao marketing de uma empresa e como rompê-las, expandindo suas vendas e o conhecimento de seu negócio.
Afinal, o que são bolhas?
As chamadas bolhas nas redes sociais são consideradas microesferas nas quais há interação entre pessoas que têm os mesmos interesses, opiniões e, até mesmo, hábitos de consumo, o que é mais relevante aqui nessa exposição.
As bolhas tendem a se formar de acordo com os padrões das pessoas, por exemplo, uma mãe que busca por uma alimentação natural para filho pequeno, entra em contato com fornecedores de produtos naturais e acompanha influencers com a mesma inclinação.
A formação de bolhas não é apenas fruto de um comportamento intencional de grupos que se isolam de opiniões e interesses diferentes, mas sim, dos algoritmos das redes sociais que filtram conteúdos e oferecem ao usuário o que está de acordo com seu interesse.
Na prática, se foram realizadas buscas sobre reformas de casas e o usuário está consumindo conteúdos sobre isso, é possível que sejam disponibilizados anúncios de lojas de material de construção.
Através de algoritmos, há um filtro invisível que traz apenas os anúncios, notícias e informações que agradam o usuário e evita o tipo de conteúdo que não trará a mesma satisfação. Isso se torna um problema maior para as empresas que buscam furar.
O fato é que, por mais que seja positivo acessar essas bolhas e tornar-se um fornecedor conhecido e sempre indicado dentro dessas micro redes, esses círculos podem se tornar saturados e passam a limitar o potencial de vendas.
Nesse caso descrito, por mais que seja interessante para uma marca de convites personalizados estar presente em uma bolha de jovens mães que sempre realizam comemorações para seus filhos, por exemplo, ao mesmo tempo pode ser limitador.
Por mais que a bolha ofereça entrada em um determinado grupo que será interessante para o cliente, a médio e longo prazo poderá ser um cerceador para que haja o crescimento da empresa e que o negócio se estabeleça em diversos nichos.
Além disso, para os consumidores, também há um certo fechamento a novas ideias e novos produtos de segmentos ainda não conhecidos, mantendo o usuário apenas dentro das preferências já expressadas e não permitindo novas.
Então, como captar novos clientes?
A captação de clientes também tem sua primeira etapa na identificação e na busca por contatar os clientes potenciais, trazendo para o funil de venda os leads e estabelecendo quais serão as estratégias para transformá-los em clientes.
Antes de mais nada, é interessante entender a fundo qual é seu público e, até mesmo, considerar a elaboração de uma buyer persona. Esse conceito diz respeito à criação de um personagem semi fictício como sendo um cliente ideal.
Isso norteará todos os pontos do negócio, não somente a captação de clientes em si, mas também o treinamento do atendimento, o uso de embalagens, as estratégias de marketing e, até mesmo uma reforma de loja, caso seja necessária.
No caso mencionado acima, se o público da empresa de produtos naturais forem jovens mães que buscam alimentação saudável, a persona poderá ser:
“Luiza, 28 anos, casada, mãe de Sofia, de 1 ano e meio, recém-formada em arquitetura, costuma fazer compras semanalmente em supermercados de alimentos orgânicos e toca violão nas horas vagas.”
Dessa forma, há como estabelecer exatamente quem é o cliente que se pretende captar. No contexto de bolhas, pode ser interessante definir mais de uma persona, com um outro perfil que também é desejado como cliente.
Com base nisso, as próximas fases serão voltadas para a criação de um relacionamento entre o potencial cliente e a marca. Isso pode ser feito através do inbound marketing, que diz respeito à criação e disponibilização de conteúdo para atrair o cliente.
Poderá ser feito, por exemplo, a oferta de um e-book gratuito sobre reforma predial por uma empresa que trabalha com essa atividade e que fará a oferta gratuita para formar uma base de clientes.
Nessa estratégia, há uma oferta de conteúdo gratuito, que é condicionado ao cadastro. Com isso, passa a fazer parte da base de dados do negócio e torna-se mais próximo para concluir o negócio junto a empresa.
Ainda, há possibilidade da realização de marketing de conteúdo, que prevê a oferta de um produto dentro de um conteúdo que tenha relação com a marca, como a postagem de uma gráfica sobre como são produzidos flyers de festa, que pode interessar designers gráficos.
Furando a bolha
Antes de mais nada, deve-se entender que, por mais que a bolha seja limitadora por um aspecto, por outro lado, o fato de haver a filtragem faz com que os anúncios e conteúdo das empresas sejam entregues às pessoas que realmente teriam intenção de realizar o negócio.
Com isso, há economia porque o anúncio ficará restrito a uma bolha mais segura de consumidores, que realmente poderão se converter em clientes do negócio.
Apenas receberão o anúncio de loja de material de construção usuários que realizaram buscas por reforma de casas, por exemplo.
De certa forma, a ideia de bolha faz a distinção entre leads e leads qualificados, pois o algoritmo oferece mais relevância do conteúdo para as pessoas que têm interesses próximos ao produto oferecido.
Leads são os possíveis consumidores que entrarão no funil de vendas, enquanto os leads qualificados serão os consumidores que já têm uma tendência maior de consumo.
O que acontece, na prática, é que o conteúdo é entregue a menos pessoas, mas com mais qualidade.
Entretanto, o ponto negativo que as bolhas apresentam é a falta de possibilidade de se engajar com novas tendências e manter apenas os usuários dentro das preferências que já foram absorvidas e processadas pelos algoritmos.
Assim, a necessidade de furar bolhas poderá se apresentar para um negócio, podendo ser uma urgência para ampliar as vendas. Dessa forma, algumas estratégias podem ser empregadas para que o conteúdo seja entregue a mais pessoas.
Alguns pontos que podem fazer com que seu negócio consiga furar a bolha são:
- Estabelecer novas personas;
- Utilizar influenciadores com outros públicos;
- Investir em conteúdo de qualidade;
- Trabalhar com anúncios avançados;
- Utilização de técnicas de SEO.
Para começar, é interessante realizar a elaboração de outras personas para o negócio, que sejam os norteadores de novas estratégias de marketing.
Uma outra alternativa é, quando se fala em marketing de influência, utilizar diferentes influenciadores que tenham um novo público, para que os acessos aos anúncios sejam voltados para outros e novos clientes foram da bolha.
Outra opção interessante é fazer o uso de SEO, para que o negócio esteja presente como uso de palavras-chave por diversos tipos de usuários, não apenas os que já estão, de alguma forma, vinculados com o perfil da empresa.
Para isso, uma ideia interessante é a produção de conteúdos com maior densidade, que ultrapassem a noção de conteúdo superficial para se tornarem relevantes em redes sociais, com compartilhamentos, curtidas e comentários.
Isso faz com que os algoritmos da rede passem a tratar o conteúdo como mais importante e, como consequência, há a distribuição junto a outros grupos fora da bolha, que já costumavam ser entregues.
Se há, por exemplo, a ideia de realização de projeto de loja de roupa, pode ser interessante investir em posts robustos sobre a importância de consumir em lojas com consciência ambiental e que respeitem a diversidade, por exemplo.
Conclusão
Com isso, vemos como a união de diversas estratégias poderá gerar maior engajamento, mesmo entre usuários que não seriam consumidores óbvios da marca.
Da mesma forma que aumenta exponencialmente o alcance entre outros potenciais clientes, que terão contato com um conteúdo que antes não lhes seria entregue.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.